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PUC-Rio instala mais moderno equipamento da América Latina para produção de materiais semicondutores

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PUC-Rio instala mais moderno equipamento da América Latina para produção de materiais semicondutores



Equipamento inaugurado hoje (22) na sede do Laboratório de Semicondutores (LabSem) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) permitirá aumento considerável de produção de materiais semicondutores, ampliando pesquisas sobre monitoramento de gases tóxicos, imagens para a medicina e células de energia solar.

O equipamento é um reator de deposição de materiais semicondutores. Instalado em um anexo de 100 metros quadrados do LabSem, foi importado da empresa alemã Aixtrom e custou R$ 3 milhões, financiados pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanodispositivos Semicondutores (Disse) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

O reator, considerado o mais moderno do tipo na América Latina, gera matéria-prima para detectores e para dispositivos eletrônicos e optoeletrônicos, por meio de processo no qual elementos gasosos são depositados em camadas de dimensão submolecular, resultando em elementos de alto grau de pureza.

Segundo a professora Patrícia Lustoza de Souza, do LabSem e do Centro de Estudos em Telecomunicações (Cetuc), também da PUC-Rio, os maiores ganhos serão no acréscimo da capacidade de produção e pesquisa, além do treinamento de recursos humanos para a área, necessária com a chegada ao país de empresas que atuam com maquinário e produtos mais complexos.

“Este novo equipamento permitirá responder aos desafios. Vai dar maior dinamismo às pesquisas, porque a gente vai conseguir produzir materiais mais rapidamente, com materiais de melhor qualidade, maior pureza e maior controle. Isso tudo se traduz em desenvolvimento de dispositivos e desempenho melhor”, explicou.

A importância da parceria com empresas, em especial empresas incubadas, também é um dos focos desse trabalho, garantindo subsídio de parte dos custos de produção de materiais para empresas que não teriam condições de comprar e manter um equipamento de custo tão alto.

O LabSem dispõe de um modelo antigo do aparelho, adquirido em 1990, mas com capacidade de produção cerca de 20 vezes menor, e já considerado obsoleto. O aparelho atual tem vida útil, em alta performance, de dez anos, e atende grupos de pesquisa do Brasil e exterior, além de uma parceria com o Centro Tecnológico do Exército, focada no desenvolvimento de fotodetectores.

Pesquisam com o equipamento antigo 25 pós-graduandos, apenas parte deles da PUC-Rio. Souza estima que esse número pode facilmente quadruplicar com o novo equipamento. A área de semicondutores é premiada internacionalmente, com prêmios Nobel distribuídos a pesquisas em nanotecnologia e desenvolvimento de aplicações em materiais, como chips de grafeno, que deram o prêmio da academia sueca em 2010 a Andre Geim e Konstantin Novoselov.

Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil
Edição: Davi Oliveira

Conteúdo copiado da Agência Brasil.

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